Local: Parque Central | Estátua José Afonso – Palco Cidade
Ana Moura mistura o fado e o semba, a morna e a kizomba, o samba e o choro, o morro e a pista, o passado e o futuro num alinhamento com quase duas dezenas de títulos em que se encontram alguns reveladores interlúdios que funcionam como pontos cardeais do seu percurso. Há serras e paisagens remotas, igrejas e altares, aviões e cachupa, arraiais e campos de trigo. Há toda uma viagem para que Ana nos convida, bastando-nos fechar os olhos. A produção aponta ao futuro, sem medo de quebrar dogmas ou de desbravar novos caminhos e para tal, por vezes, só a voz é suficiente, como nos mostra em “Trigo”, tema em que Ana harmoniza consigo mesma, deixando que a voz nos preencha os ouvidos com pormenores de autêntica filigrana, tal a forma como as diferentes pistas se entrelaçam num rendilhado de absoluto arrebatamento.
Parque Central | Estátua José Afonso – Palco Cidade
Entrada livre
Org: CMA